Pode duvidar, mas
andei descobrindo algumas coisas! Posso me misturar com o ar, com a terra e com
a água do chuveiro... Me expulsa no ar, me abriga no peito!
É a alegria que vem... Derrama, contamina o rosto, os pés e o
chão!
Sou a natureza! No
outono caem folhas, secas ou não, há tanta beleza...
No inverno sou gelo e boneco de neve! Derretendo no verão
pra virar nuvem
E quando choro... Deságuo nas entrelinhas... Cresço como árvore
que fica esperando um abraço de vários braços. Aranhas e polvos são pouco pra mim. Que venham
mil aranhas, que venham mil polvos, que venham mil povos!
Árvore que envelhece (serão cabelos brancos?) e não estava
escrito em nenhum lugar (pobre Darwin), que o machado me cortaria (mas às vezes
é incêndio) e que eu iria decompor no chão.
Mas ainda seria vida inalada em tantos outros pulmões. Expulse-me
no ar, me abriga no peito! Expulse-me no
céu! Sou o vento, surfo na correte de ar e não tenho vertigem. Se sinto frio, logo retomo a forma de árvore,
pra ganhar aqueles tantos abraços e aquecer, aquecer...
E não ouse me desafiar, pois urso eu me torno!
Quero luzes! Quero escuridão! Quero iluminar no escuro! Quero apagar na
claridão..
Como é maravilhoso viver... ERRATA.
Como é maravilhoso sentir!
Vem me dar um abraço...
Ou um braço, se preferir. Quero brilhar, quero esvanecer na imensidão, quero sentir, e quero, sim, viver. Tal como você. Continuo esses versos que, dispersos, não fariam senão, também, esvanecer...
ResponderExcluirQuero um abraço teu, e te digo, amigo meu, que vivo é o sorriso claro no escuro feio da solidão...