terça-feira, 10 de julho de 2012

Desses instantes em que esquecemos e vivemos...


Naquele instante que me esqueci
Queimei o feijão, explodi a cozinha
Deixei o gás ligado, beijei quem não devia...

Naquele instante que perdi atenção
Vivi no calor da fantasia
Disse que amava
Mas na verdade, nem sei se era isso que eu sentia

Naquele instante  sem pensamento
Bati o carro
Enfrentei  meu pai e o diabo
Nem reparei...
Tropecei no próprio cadarço
Foi quando rompi com as amarras
Dancei na chuva
Bebi pra caralho
E pelado
Acordei sem saber onde estava

No instante que me abdiquei
Dei risada
Daquelas que dói o estomago e encharcamos as pálpebras
Transei sem camisinha
Me joguei na frente do ônibus
Chutei a cara de quem não queria

mas tem aquele,
Num vidrinho eu te guardaria
Aquele instante eterno era no que viveria...
 
Me tornei um pássaro
Pulei do telhado
E acordei no instante interminável

Um comentário:

  1. Vou juntar 3 em 1!

    Verdadeiras vontades (verdadeiras mesmo!) são pequeninas perto do que vivemos em 'realidade'.
    Mas oras, não deveria ser o contrário? Explodir o mundo de tanto errar e tanto ser feliz?

    Ah, mas as pessoas não iriam mais para frente,
    fariam o que quisessem. O que seria do mundo?
    Se fazer amor é não fazer guerra, então que vivamos em um eterno orgasmo.

    Mais rápido do que queremos e mais breve do que imaginamos, nos tornaremos parte de uma árvore. Ou de um rio. Ou do ar. Ou só de memórias.

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