sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sobre alegrias e abraços


Pode duvidar, mas andei descobrindo algumas coisas! Posso me misturar com o ar, com a terra e com a água do chuveiro... Me expulsa no ar, me abriga no peito!
É a alegria que vem... Derrama, contamina o rosto, os pés e o chão!
Sou a natureza!  No outono caem folhas, secas ou não, há tanta beleza...
No inverno sou gelo e boneco de neve! Derretendo no verão pra virar nuvem
E quando choro... Deságuo nas entrelinhas... Cresço como árvore que fica esperando um abraço de vários braços.  Aranhas e polvos são pouco pra mim. Que venham mil aranhas, que venham mil polvos, que venham mil povos!
Árvore que envelhece (serão cabelos brancos?) e não estava escrito em nenhum lugar (pobre Darwin), que o machado me cortaria (mas às vezes é incêndio) e que eu iria decompor no chão.
Mas ainda seria vida inalada em tantos outros pulmões. Expulse-me no ar, me abriga no peito!  Expulse-me no céu! Sou o vento, surfo na correte de ar e não tenho vertigem.  Se sinto frio, logo retomo a forma de árvore, pra ganhar aqueles tantos abraços e aquecer, aquecer...
E não ouse me desafiar,  pois urso eu  me torno!
Quero luzes! Quero escuridão!  Quero iluminar no escuro! Quero apagar na claridão..
Como é maravilhoso viver...  ERRATA.  Como é maravilhoso sentir!

Vem me dar um abraço...


Um comentário:

  1. Ou um braço, se preferir. Quero brilhar, quero esvanecer na imensidão, quero sentir, e quero, sim, viver. Tal como você. Continuo esses versos que, dispersos, não fariam senão, também, esvanecer...
    Quero um abraço teu, e te digo, amigo meu, que vivo é o sorriso claro no escuro feio da solidão...

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