Querida Prudence
Entre tantas outras
Carrego em meu corpo duas tatuagens indolores
Uma de um lindo girassol e umas lembranças que de tão boas só poderiam ser tão intensas e tão breves
A outra, tão grande colorida, “marxista” e maluca
é resultado da mais linda das histórias de amor
De um tal de Shah-Jehan e uma sinhazinha chamada Mumtaz Mahal
Mas em uma versão de latas e bitucas
Sidarta vós chama
Nada foi... Nada será
tudo tem existência e presente
é que chega uma hora que a gente não tem muito o que dizer
e não é por falta de sentir
Querida Prudence
ainda não posso ti acompanhar,
quando começo a levitar meu corpo volta me arrastar...
Primazia redundante,
como se correr em círculos fosse necessário
só pra ter a segurança do mesmo caminho
do eterno retorno
do abraço sozinho
Umbabarauma escuta o anárquico, brinca de ser nômade
porque é de intervenções que vou viver, criar e crescer
e para isso uma intervenção ponta-de-lança terá que ser
A limpeza é sem fim
Mas tudo que eu vivi
Nunca irá sair de mim
Meu caminho é alcançar forma as construções do partido-alto