sexta-feira, 25 de novembro de 2011



Eu só queria um abraço
Por isso eu corri com os pés descalços
Remei usando os próprios braços
E me deparei com o melhor dos quadros
O sorriso do universo
O Sol, esse grande sorriso amarelado

A tal poesia que eu disse...



Olha eu escrevendo sobre quedas novamente! para se ler ouvindo Maggot Brain do Funkadelic.

E se meu sangue jorrar como o seu? É de Cristo, Zaratustra ou de qualquer outro pai que não teve filho?
E se eu for um banguela? É como um bebê ou sou seu indigente?
E se a gente fosse o todo? Nada de mundos ou inquilinos!!
E se nesse todo faltasse uma parte? Alguns pedaços como o quebra-cabeça da biblioteca.
E se você percebesse que até no preenchido falta a falta?
E se de mãos dadas não faltasse a falta e nem o preenchimento? Será que estaríamos vivendo?
E se eu estivesse em queda-livre?
E se cada "se" falado eu me aproximasse do chão?
E se cada silêncio fosse apenas a queda livre de uma merda?
E se existissem expectadores que dessem risada?
Eu riria por último. Pois eles não ouviriam o espetáculo. Meus ossos cantam!



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Certa manhã acordei com os sonhos destruídos


No susto acordo com uma tosse forte, é o cheiro de fumaça
é um incêndio em minha casa.
E ele começou lá do jardim do girassol e já está consumindo os móveis, quer a mim
Penso nas prioridades, o que resgatar?
Mas já teria muita sorte se conseguisse me salvar.
Os mantimentos, churros e pães de queijo já são carvão.
Os balões torram, a viola e os elefantes choram.
Incêndio sem volta!
Principalmente quando o vejo partir também da boca do meu estomâgo.
Incêndio interno, queimaduras de terceiro grau no coração.
Corro, corro...
E com o corpo todo queimado, no ato de desespero salto do último andar.
Então respiro e penso:
Sobrevivi!




segunda-feira, 7 de março de 2011

Dia dos namorados


no passeio de balão com o senhor vento a controlar
o que a percepção permiti a observar
e as civilizações invisíveis, da saudade de toda nossa paciência
e que se eu nunca tivesse pisado nos cactus da existência
só o café pra acordar e seu corpo a me aquecer
eu pagaria pra essas estrelas continuarem a iluminar
sou bom em criar constelações
mas do que mais gosto é de me jogar
troco o destino dos ventos pelo da gravidade
pena assustar os passarinhos
e o seu berro que me tirou a concentração
pois na minha cabeça só restava o som da flauta doce
não dos meus ossos se espatifando no chão

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

inspire...expire...inspire...expire...


apesar de que...
eu aponto a arma
bem na minha têmpora aponto a arma

= (
inspira expira
inspira expira
= )

acompanho o ar
e percebo que não estou só, pois todos nós respiramos o mesmo ar
é o oxigênio no meu corpo, me ligando ao universo externo e a minha felicidade
mas...
logo percebo que minha única conexão com externo
nesse mundo desamado...é o ar
sou alma cheia de ar e solidão coletiva

= (
inspira, expira
inspira, expira
= )

sou um feliz inspirado pelo amor
embora...
eu a amava, mas não disse
perdi as palavras,
esqueci as dentro do pulmão ou do coração ou qualquer órgão antes da língua
Mas achava que era recíproco
e ela foi embora, se casou
e traiu o sujeito
...
mas não foi comigo
foi quando eu conclui que só era o terceiro

= (
inspira expira
inspira expira
= )

já fui astronauta e um feliz jogador de futebol
reconhecido no mundo, ídolo de gerações
não esquecendo...
nunca pisei na lua, só observei o americano a pisar
quebrei a perna e nunca mais voltei a jogar

= (
inspira expira
inspira expira
= )

fiz a coisa mais nobre
salvei uma vida
só que...
não puder ver o sorriso do sujeito
pois eu salvei a vida dele doando meu pulmão depois de terminar a primeira estrofe

inspire expire
inspire expire


Mesmo eu morto, meu pulmão continua pagando impostos para...inspirar...expirar...inspirar...expirar...

inspirar e expirar corretamente é um dos antídotos mais eficazes contra o estresse